Eu gosto de seguir os jogos olímpicos, não apenas pelo
desporto em si, mas pelo que significam. São jogos de paz, esperança e alegria.
Ora esta semana ao assistir a uma cerimónia de entrega de medalhas fiquei
curiosa ao ver o medalhado chorar convulsivamente. Ora +e comum terem uma
lágrima ou outra, alguns emocionam-se ao ouvir o seu hino. Mas este atleta
chorava, chorava mesmo.
Hoje soube a razão pelas suas lágrimas, lágrimas de vitória,
não por uma medalha, mas por uma liberdade e uma esperança.
Este atleta, Lomong de nome, é simplesmente uma criança
soldado do Sudão, brutalizada e violada desde os 6 anos, arrancado dos braços
da sua mãe para nunca mais a ver.
Viveu 10 anos num campo de refugiados das nações Unidas.
Toda a vida correu, para fugir dos horrores da guerra, para fugir à morte. Hoje
ele corre para um alvo. A meta é vida, a meta é esperança, é uma promessa de
vida.
Lágrimas, hoje caiem da minha face comovida pela história, triste
por ter consciência de um mundo de horrores, onde se mata e destrói. Onde a
vida não tem valor e ninguém é chamado à justiça.
Hoje, num mundo hipócrita que toda a gente sabe dos horrores
mas nada de faz para os fazer parar, porque interesses maiores se levantam,
tais como o ouro, diamantes e petróleo valem mais do que vidas.
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