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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Correr por um propósito


Eu gosto de seguir os jogos olímpicos, não apenas pelo desporto em si, mas pelo que significam. São jogos de paz, esperança e alegria. Ora esta semana ao assistir a uma cerimónia de entrega de medalhas fiquei curiosa ao ver o medalhado chorar convulsivamente. Ora +e comum terem uma lágrima ou outra, alguns emocionam-se ao ouvir o seu hino. Mas este atleta chorava, chorava mesmo.

Hoje soube a razão pelas suas lágrimas, lágrimas de vitória, não por uma medalha, mas por uma liberdade e uma esperança.

Este atleta, Lomong de nome, é simplesmente uma criança soldado do Sudão, brutalizada e violada desde os 6 anos, arrancado dos braços da sua mãe para nunca mais a ver.

Viveu 10 anos num campo de refugiados das nações Unidas. Toda a vida correu, para fugir dos horrores da guerra, para fugir à morte. Hoje ele corre para um alvo. A meta é vida, a meta é esperança, é uma promessa de vida.

Lágrimas, hoje caiem da minha face comovida pela história, triste por ter consciência de um mundo de horrores, onde se mata e destrói. Onde a vida não tem valor e ninguém é chamado à justiça.

Hoje, num mundo hipócrita que toda a gente sabe dos horrores mas nada de faz para os fazer parar, porque interesses maiores se levantam, tais como o ouro, diamantes e petróleo valem mais do que vidas.

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